O texto a seguir foi o que de melhor me aconteceu nesses últimos dias. Quando eu me via tão distante das palavras alguém me fez ir novamente ao encontro delas. A autoria desse texto divido com Roxayne Tavares, a ela o meu muito obrigada por aceitar tão bem as minhas desajeitadas palavras e oferecer algumas outras como troca.
Aquela tal FELICIDADE:
Eu pensei em escrever alguma coisa interessante nessa noite, mas nada me veio; a inspiração não veio. Não quero um texto velho que remeta a sensações e sentimentos antigos. Dizer que estou vivendo uma das melhores fazes da minha vida é muito pouco, não sou assim tão objectiva, meu lirismo não deixa, o subjectivismo ronda as salas mais ocultas da minha alma e que assim seja para sempre, se por um acaso ele existir.
Tenho sentido a vida é nesse ar que me falta, nas palavras que não vem preencher de poética esse meu texto novo. As palavras vagam distante, no mesmo lugar, mas distante porque me fiz distante delas. Não quero relatar o mesmo do mesmo e de novo, isso cansa. Há tanto pra dizer e não me sai. Há tanto pra dizer e não me entra. Apeguei-me ao velho, e agora como (des)a-pegar? Eu quero falar é dessa FELICIDADE sentida. Talvez essa noite chata desperte as palavras que busco e faça dormir só por um tempo as que já tenho.
Porque FELICIDADE é sorrir sem motivos, pois pra sorrir não se precisa de motivos e sim de uma boca. Chorar e não sofrer, porque assim como existe choro de tristeza e dor, existe também de seus contrários. Reconhecer no outro o que há em nós e se surpreender quando achávamos que ele, o outro ou aquele ali era tão pouco. Fazer amigos sem a intenção de tê-los, viver cada momento e acreditar que eles serão pra sempre, fingindo não saber que o sempre, sempre acaba. FELICIDADE é viver na existência de um sonho em que só o tempo faz lembrar o passado e que só o presente pode revigorar a permanência dos motivos e planos para o futuro.
Ah, meu Deus! Somos apenas perseguidores da própria FELICIDADE, às vezes para senti-la, para vivê-la fantasiamos, nos iludimos ao deixar que nos iludam, mas ilusão maior é achar que o presente é apenas uma pequena fração da longa jornada que é a vida, mas o presente é verdadeiramente tudo. Se eu não for feliz agora, amanhã sei lá... Sei lá.
Que eu me concentre sempre bem em viver cada momento da minha vida e intensamente, porque eu sei que eles se vão e não voltam jamais. Que eu fantasie e idealize sempre as melhores coisas e as melhores pessoas, porque sonhar eu posso desde que os meu pés estejam cravados no firme do chão. Que eu não fantasie demais, que eu não idealize demais, deixando com que as MINHAS melhores coisas e as MINHAS melhores pessoas se vão. Que eu acorde e vá dormir todos os dias sempre com a conclusão de que eu sou feliz com o que tenho e que eu queira sempre mais aquela tal FELICIDADE.
Por: Roxayne Tavares/Diana Lopes.