sábado, 5 de março de 2011

Lendo o "Amor"

Hoje pela manhã li "amor" um dos tantos contos da minha "escritora de cabeceira" Clarice Lispector. Me senti extremamente tocada com a "piedade de leãoo" de Ana.
Esta não foi a primeira vez que li o "amor,"mas desta vez senti o que Ana sentiu quando olhei o cego que Ana olhou, "olhei-o como se olha o que não nos ver." Um misto de bondade, piedade e tristeza tomou conta daquela minha leitura, de repente me senti devorando aquelas palavras, atenta e ansiosa para saber o que sentiria Ana e o que o seu sentimento provocaria em mim. Devorei o mundo de Ana, que Clarice escreveu para seus leitores e assim também para mim. O mundo de Ana não era só seu, não é tão meu, mas por um momento me senti nele e sinto, ainda estou.


 
"A sala era grande, quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros da janela brilhavam, a lâmpada brilhava — que nova terra era essa? E por um instante a vida sadia que levara até agora pareceu-lhe um modo moralmente louco de viver."

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